28 de outubro de 2010 (Bibliomed). Fazer as pessoas terem uma alimentação saudável, não fumar, reduzir o consumo de álcool e se exercitar mais poderia evitar quase um quarto dos casos de câncer de cólon diagnosticados todos os anos, segundo estudo do Instituto de Epidemiologia do Câncer da Dinamarca. Acompanhando, por dez anos, mais de 55 mil pessoas com idades entre 50 e 64 anos, os especialistas descobriram que as mudanças no estilo de vida podem reduzir em até 23% os mais de 1,2 milhões de casos de câncer de cólon detectados por ano.
“Nosso estudo revela a utilidade das mensagens de saúde pública de que mesmo modestas diferenças no estilo de vida podem ter um substancial impacto no risco de câncer colorretal”, escreveu a pesquisadora Anne Tjonneland nesta semana no British Medical Journal, destacando a importância de se seguir as recomendações da Organização Mundial da Saúde e do Fundo Mundial de Pesquisas do Câncer.
Entre as recomendações para a prevenção do câncer de intestino, os especialistas destacam: não fumar; fazer pelo menos 30 minutos diários de atividade física; no caso das mulheres, não beber mais de sete doses de álcool por semana, e não mais de 14, no caso dos homens; para as mulheres, ter uma circunferência da cintura abaixo dos 88 cm, e menos de 102 cm, no caso dos homens; além de ter uma dieta saudável, rica em frutas, verduras, legumes e cereais integrais, e pobre em gorduras.
No estudo, os pesquisadores calcularam que, se todos os participantes seguissem pelo menos uma dessas cinco “dicas” de prevenção a mais, cerca de 13% dos casos de câncer de cólon seria evitado. E se todos seguissem os cinco, o número de pessoas com tumores no intestino poderia reduzir em 23%.
Os outros casos, segundo os autores, poderiam ser associados, em grande parte, a fatores genéticos. Entretanto, mesmo nesses casos, as mudanças no estilo de vida seriam benéficas. “Os resultados reforçam a importância da continuidade de vigorosos esforços para convencer as pessoas a seguir as recomendações de estilo de vida”, concluíram os especialistas.
Fonte: BMJ. 26 de outubro de 2010.
Nenhum comentário:
Postar um comentário